terça-feira, 31 de maio de 2011
Neurotransmissores - Aminoácidos II
domingo, 29 de maio de 2011
Esquizofrenia - parte 2
Hipótese dopaminérgica:
Com o desenvolvimento da indústria farmaceutica foram descobertas drogas que atuam na via da dopamina. Essas drogas poderiam ser classificadas em duas categorias: as psicoestimulantes e as antipsicóticas. As psicoestimulantes são aquelas que estimulam a produção da dopamina (como as anfetaminas). Esse aumento foi observado e percebeu-se que essa estimulação era responsáveis por sintomas chamados de positivos, sintomas como por exemplo a psicose experimentada pelos esquizofrênicos. Já as antipsicóticas praticamente fazem o inverso, elas não diminuem a produção de dopamina, mas competem pelos receptores nas sinapses. Desse modo o sinal é enfraquecido, como se menos dopamina tivesse sido liberada. Estudos com as drogas antipsicóticas relevaram diminuição desses sintomas positivos e por isso elas são usadas até hoje. A partir desses estudos, começaram a acreditar que a esquizofrenia era causada por variações na via dopaminérgica, alterando os valores que deveriam ser produzidos.
Fonte:
http://www.fmrp.usp.br/revista/2007/vol40n1/rev_mecanismos_acao_antipsicoticos.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v25n3/a11v25n3.pdf
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Neurotransmissores - Aminoácidos I
terça-feira, 24 de maio de 2011
Serotonina- biossíntese, vontade de comer doces e problemas relacionados
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Sinapses II (Excitatórias e Inibitórias)
ACETILCOLINA - Síntese, Degradação e Aplicação de substâncias antagônicas
http://www.childwisdom.org/acetylcholine/
http://www.fisiologia.kit.net/farmacologia/nic.htm
http://www.cerebromente.org.br/n12/fundamentos/neurotransmissores/nerves_p.html
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Esquizofrenia
Como todos fizeram, eu vou começar me apresentando. Sou o Yuri e estou encarregado de fazer os posts das sextas-feiras (que eu realmente espero cumprir). Hoje vou postar sobre a Esquizofrenia, um transtorno mental que acomete boa parte da população sem nenhum tipo de distinção entre classes, sexo ou grupos.
A Esquizofrenia está presente em cerca de 1% da população e gralmente acontece em jovens entre 15 e 35 anos. Ela é caracterizada por uma desorganização dos processos mentais, causando sintomas como: delírios, alucinações, alterações de pensamento e comportamento além de dificuldade para expressar emoções.
Existem alguns subtipos da doença classificados baseados nos sintomas que mais predominam em cada caso, os principais são:
- Paranóide (predominância das alucinações);
- Desorganizada ou hebefrênica (pensamento desorganizado e sintomas afetivos);
- Catatônico (sintomas motores e alteração nas atividades);
- Simples (isolamento social, empobrecimento de pensamento);
- Residual (caso mais crônico com muitas perdas sociais e para a autonomia da pessoa).
Graças à farmacologia, algumas hipóteses puderam ser feitas quanto ao que causa a Esquizofrenia a nível de neurotransmissores, algumas dessas hipóteses são:
-Dopaminérgica;
-Serotoninérgica;
-Glutaminérgica.
Ao longo da semana eu vou completando a postagem detalhando melhor cada hipótese (inclusive preparando algumas animações).
Uma boa maneira de entender melhor quais sintomas e consequências desse transtorno é a partir de relatos de pacientes e familiares que lidam diariamente com a Esquizofrenia. Deixarei aqui uma curta reportagem da Futura sobre esse problema:
Bibliografia:
http://www.entendendoaesquizofrenia.com.br
http://www.inec-usp.org/cursos/cursoV/neurotransmissao.htm
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Neuropeptídeos
Olá leitores, antes de mais nada uma breve apresentação, sou o Alexandre e vou estar postando (sem assunto fixo ainda) nas quintas. Queria também convidar vocês pra estarem comentando os posts, vamos ler todos os comentários e provavelmente responder todos.
Muito bem, o post dessa quinta é uma introdução sobre neuropeptídeos, uma classe de neurotransmissores importantes na rotina do nosso corpo e que participam de alguns processos bastante interessantes.
Neuropeptídeos são basicamente peptídeos(cadeias de aminoácido) usados para comunicação intercelular, podendo funcionar como hormônios ou neurotransmissores (vamos focar nesse último caso). São relativamente maiores do que os neurotransmissores "clássicos", sendo geralmente cadeias de 3 a 40 aminoácidos. Os neuropeptídeos controlam, por exemplo, a fome, a dor, o prazer, a memória e a capacidade de aprendizado.
Por serem basicamente proteínas, a síntese dos neuropeptídeos se inicia no retículo endoplasmático rugoso. Seus precursores são traduzidos pelos ribossomos do retículo e migram para o aparelho de Golgi, que "empacota" os neuropeptídeos em vesículas. Estas irão para o axônio, onde serão necessárias, já que é lá que ocorre a sinapse e a liberação dos neuropeptídeos. Então, a produção de neuropeptídeos se dá no corpo celular e há uma migração para o axônio, diferente dos neurotransmissores clássicos que são produzidos no axônio.
Existem cerca de 50 neuropeptídeos, e esses são agrupados em mais de 10 famílias, alguns exemplos:
- Opióides - Endorfinas, dinorfinas e encefalinas.
- Neuro-hipofisários - Vasopressina, ocitocina, neurofisinas.
- Família da Insulina - Insulina, fatores de crescimento I e II.
- Hipotalâmicos - Estimulam e inibem a produção de hormônios como o FSH, o LH, a prolactina, o GH, a aldosterona, entre outros.
- Secretinas: Secretina, glucagon.
- Colecistoquinina e gastrina.
Bibliografia:
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=6&materia_id=78&materiaver=1
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=6&materia_id=256&materiaver=1
http://pt.scribd.com/doc/31383445/NEUROPEPTIDEOS
http://fisiologia.med.up.pt/Textos_Apoio/outros/Neurotransmissores.doc
http://www.neuropeptides.nl/tabel%20neuropeptides%20linked.htm
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Drogas, uma visão geral
- Depressoras da Atividade do SNC(Sistema Nervoso Central);
- Estimulantes da Atividade do SNC;
- Perturbadoras da Atividade do SNC (ou Alucinógenas).
Neurotransmissores: Aminas Biogênicas
http://www.inec-usp.org/cursos/cursoI/aspectos_neuroqu%EDmicos_dopamina.htm-
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34732&op=all
http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana/Sistema-Nervoso-SNC/Neurotransmissores.htm
http://www.cerebromente.org.br/n12/fundamentos/neurotransmissores/nerves_p.html
http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/neurotransmissores.htm
http://www.misodor.com/FARMACON/HISTAMINA.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/neurotransmissores/adrenalina.php
http://www.redepsi.com.br/portal/modules/smartsection/item.php?itemid=776
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sistema nervoso, Neurônios e Sinapses
Enfim, o blog começou e o grupo está bem animado para começar a postar várias coisas sobre os neurotransmissores (e a relação das drogas e doenças mentais com eles), mas antes disso é necessário que se explique um pouco sobre o sistema nervoso, os neurônios e as sinapses.
Sistema Nervoso (imagem retirada de Gray's Anatomy, Elsevier, 2011) |
O sistema nervoso é constituído por dois componentes principais: as células da glia (neuroglia) e os neurônios. A neuroglia é composta por células que estão associadas à sustentação, isolamento e nutrição dos neurônios e dos processos de defesa do organismo (elas não são o foco desta postagem mas vale citar aqui
os oligodentrócitos e célula de swan, que são células que produzem a bainha de mielina nos axônios dos neurônios – a primeira no sistema nervoso central e a segunda no sistema nervoso periférico -, os astrócitos, importantes para a sustentação e nutrição dos neurônios e micróglia, que possui células fagocitárias que protegem o sistema nervoso.).
Caminho de impulso nervoso. Modificada de |
O corpo celular contém as organelas celulares, concentrado nele todo o metabolismo da célula.
A direção do impulso nervoso é dos dendritos ao corpo celular e do corpo celular para o axônio. O impulso nervoso é gerado por uma excitação do neurônio que é gerada pelas terminações do axônio nas terminações dos dendritos e pode ser de natureza elétrica ou química. As terminações dos axônios não têm contato físico com os dendritos, há, entre eles, um espaço muito pequeno (entre 20nm e 50nm) chamado fenda sináptica.
Sinapse Elétrica. Retirada de http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso2.asp |
Durante a transmissão do impulso nervoso há a despolarização das membranas do neurônio e quando ela chega ao terminal axonal do neurônio pré-sinaptico induz a liberação de Ca²⁺, que se liga às membranas das vesículas e permite que elas se fundam com a membrana da célula possibilitando uma exocitose do conteúdo das vesículas na fenda sináptica. A membrana dendrítica (do neurônio pós-sináptico) apresenta proteínas que detectam o neurotransmissor enviado (os receptores, que são especializados, cada tipo só reconhece um determinado neurotransmissor). O neurotransmissor altera a permeabilidade da membrana pós-sináptica e abre canais para a entrada ou saída de íons e isso modifica o potencial da membrana pós sináptica, podendo despolarizá-la, assim a sinapse pode ser denominada sinapse excitatória, ou hiperpolarizá-la, e a sinapse é denominada inibitória (esse mecanismo de excitação e inibição será melhor explicado posteriormente, pois fica mais simples explicá-lo juntamente com a abordagem sobre os neurotransmissores).
Os neurotransmissores fazem ligações químicas com os receptores e não podem se manter nesta ligação depois que a sua finalidade (propagar a informação) foi cumprida pois isso não permitiria que, quando houvesse uma nova descarga destes neurotransmissores eles também passassem a informação, além de que isso manteria a estrutura do neurônio pós-sináptico alterada. Por isso há meios que destroem os neurotransmissores por meio de uma enzima específica, há o transporte por difusão ou por transporte ativo para o neurônio pré-sináptico para que ele seja reutilizado.
Resumidamente, na sinapse química o axônio de um neurônio converte no, terminal axonal, um sinal elétrico (o impulso nervoso) em um sinal químico que atravessa a fenda sináptica e se liga aos receptores na membrana pós-sináptica. Essa ligação química do neurotransmissor gera uma série de mudanças fisiológicas no neurônio pós-sináptico, fazendo este também criar um potencial de ação.
Alguma alteração nesses mecanismos de transmissão pode causar complicações e alterar o funcionamento correto do organismo (é o que acontece em doenças mentais). Os mecanismos de ação específicos dos diversos neurotransmissores e a consequência das alterações feitas pelas drogas serão explicados em postagens futuras.
Sinapse Química. Retirada de |