quinta-feira, 26 de maio de 2011

Neurotransmissores - Aminoácidos I


Olá leitores!! Queria pedir desculpas pelo atraso nos posts, vida corrida na universidade, acabamos nos enrolando, mas agora vamos voltar a fazer tudo de acordo com a agenda.

Muito bem, o post de hoje é sobre neurotransmissores, fechando o trio neuropeptídeos, aminas biogênicas e hoje aminoácidos. Vou quebrar o post em 3 para não ficar muito carregado, esse primeiro será sobre glutamato, vou fazer um sobre GABA e outro sobre glicina e aspartato.

Eles são como o nome já diz aminoácidos com função de neurotransmissor, os principais sendo o glutamato, a glicina, o aspartato e o ácido gama-aminobutírico (GABA). São moléculas pequenas que podem ser ou inibitórias ou excitatórias.

Glutamato
Este é o principal neurotransmissor excitatório e o com maior concentração no SNC de mamíferos. Por ser um dos 20 aminoácidos que constituem as proteínas (assim como a glicina), pode-se achar glutamato em qualquer célula, mesmo que não tenha função de neurotransmissor.

O glutamato pode ser produzido pela transaminação do α-cetoglutarato, que pode produzir também piruvato ou oxaloacetato, importantes participantes de vias como o ciclo de Krebs e a gluconeogênese:

alanina + α-cetoglutarato ⇌ piruvato + glutamato
aspartato + α-cetoglutarato ⇌ oxaloacetato + glutamato


O glutamato possui alguns receptores como os de NMDA, AMPA e cainato(KA), que controlam diretamente os canais iônicos e promovem a despolarização que resulta no impulso nervoso (não se lembra? clique aqui).

Enquanto os receptores AMPA e KA permitem o influxo de Na+, o NMDA permite o de Ca2+. Receptores de glutamato são muito comuns, a maioria dos neurônios e até células da glia apresentam pelo menos um dos tipos.

O glutamato é especialmente importante porque pode-se observar que ele também tem um efeito tóxico quando em excesso. Por controlar informações importantes como diferenciação e morte celular, além de determinar formação e eliminação de pontos de contatos entre neurônios, o controle do glutamato deve ser preciso.

Para garantir isso, o glutamato está presente quase que exclusivamente intracelularmente, isso porque dentro da célula ele está inativo. Outro meio de inativar o glutamato é transformando-o em glutamina, quem faz isso são células da glia, que também possuem receptores para glutamato. Depois os neurônios transformam novamente a glutamina em glutamato.
Fontes:

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