sábado, 9 de julho de 2011

Efeitos dos emagrecedores


Olá leitores, o post de hoje é sobre o efeito de alguns remédios que atuam como emagrecedores. Esse tema foi sugestão do professor MHL e estava bastante em foco na mídia pela iminente proibição destes pela Anvisa. A proibição ainda não foi confirmada, provavelmente haverá uma decisão definitiva em agosto.

O porquê da proibição se deve ao fato de esses emagrecedores, em especial a sibutramina, não são tão efetivos na perda de peso (ainda mais a longo prazo) e ainda aumentam significantemente o risco de doença cardiovascular. Esse risco, somado com a condição dos principais usuários, pessoas acima do peso, justificam o temor e até a proibição.

Mas, o que esses emagrecedores tem a ver com neurotransmissores? Isso se deve principalmente à ação deles. Vou focar principalmente na sibutramina, que era o principal alvo da proibição.

A sibutramina age no hipotálamo, onde estão o centro da fome e saciedade. Por ser um emagrecedor, espera-se que este fármaco tenha efeito inibidor sobre estes centros. Esse efeito ocorre porque ocorre a inibição da recaptadão de alguns neurotransmissores, em especial algumas monoaminas como a serotonina e a noradrenalina.

Esses neurotransmissores terão seus efeitos amplificados já que irão permanecer por mais tempo na fenda sináptica. A amplificação da serotonina provocará a sensação de saciedade que inibirá o apetite juntamente com a amplificação da noradrenalina. Um problema relacionado a noradrenalina é que este neurotransmissor atua também como vasoconstritor, o que provocará aumento da pressão, causador e agravante de doenças cardiovasculares.

Outra classe de emagrecedores são as anfetaminas, como femproporex, mazindol e dietilpropiona. Esses fármacos são especialmente perigosos pois agem na recaptação da dopamina e podem promover dependência nos usuários.

Fontes:

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Memória

Acredita-se que o armazenamento de informações é possível graças à variação na eficiência sináptica. Desse modo, eventos externos estimulam a comunicação entre os neurônios.


Um efeito chamado LTP (Long-Term Potentiation, ou Potenciação de Longa Duração) corrobora com essa teoria. Ele consiste no aumento da eficiência de uma sinapse por um longo período de tempo.


Eu vou explicar por meio de algumas analogias como funcionam a memória de curto prazo e a de longo prazo, pra facilitar o entendimento do resto da postagem. Vou começar pela de curto prazo:


A memória de curto prazo funciona basicamente por um efeito chamado retroalimentação. Na animação abaixo podemos ver um som saindo de um alto falante e chegando a um microfone, para então voltar para o alto falante e ser transmitido novamente. Vale lembrar que devemos considerar nesse exemplo que o alto falante está muito distante do microfone e que o som do "Alô" é o único som do ambiente, desse modo evitamos aquele barulho irritante conhecido como microfonia. Nesse sistema, enquanto o som pode chegar ao microfone e ser enviado ao alto falante a mensagem é mantida. Se uma dessas comunicações falhar o sistema "esquecerá" o que ele estava transmitindo, ou seja, a informação ficou gravada no sistema enquanto ele é capaz de circulá-la.

O que acontece com a memória de curto prazo é muito parecido, a informação passa pelos neurônios dando voltas, até que uma comunicação é rompida e ela é perdida.


A memória de longo prazo funciona de um jeito diferente. Enquanto a de curto prazo não altera a estrutura dos neurônios envolvidos, a de longo prazo altera com a eficiencia da transmissão de sinal por uma sinapse específica como se marcasse aquele caminho. Essa segunda animação serve apenas pra ilustrar essa variação na eficiência. Para iniciá-la basta clicar no botão "1° estímulo".






O que acontece nos neurônios quando é impressa uma memória de longo prazo é parecido com o que ocorreu com esse sistema hidráulico. Quando o neurônio é estimulado pela primeira vez a corrente é baixa, mas ela é capaz de alterar a estrutura daquele neurônio de modo que o segundo estímulo se torna muito mais eficiente. O que pode ser visto também nesse gráfico:




Então podemos observar que o LTP é o efeito por trás da memória de longo prazo e é o resultado de mudanças físico-químicas nas células envolvidas na sinapse. Vinculam-se essas mudanças à alterações nas atividades de um receptor do glutamato, o NMDA, que quando é ligado ao glutamato diante de certas circunstâncias causa uma reação em cadeia que modifica a eficácia da sinapse.



Esse esquema representa como o receptor NMDA funciona. O íon Mg2+ que bloqueia o canal é removido com a despolarização da membrana por meio de uma outra sinapse. Desse modo, o glutamato pode se ligar ao receptor, que permitirá a entrada dos íons Ca2+ e Na+, além de permitir a saída do K+.

A principal diferença desse receptor de glutamato para os outros, como o AMPA está na passagem do Ca2+. A entrada esse íon na célula pós-sináptica ativa uma enzima chamada Cálcio-Calmodulina-Dependente Quinase II (CaMK2). A CaMK2 fosforila o outro receptor do glutamato, o AMPA, o que o faz mais permeável a íons de sódio, diminuindo o potencial de repouso da célula e tornando-a mais sensível a impulsos. Além disso há evidências de que a ação do CaMK2 é responsável pelo aumento no número de receptores AMPA na sinapse. E é assim que a sinapse se torna mais eficiente.

Bibliografia:
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/L/LTP.html;
http://pt.scribd.com/doc/1047/The-Role-of-NMDA-Receptors-in-Learning-and-Memory-in-Rats.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mouse Party - Efeitos das Drogas no Organismo

O Genetic Science Learning Center da Universidade de Utah desenvolveu essa belíssima animação sobre o efeito das drogas no organismo. Nela você pode ver ratinhos após o uso dessas drogas. Vale a pena dar uma conferida. Você também pode vê-la no site de origem clicando aqui.







sábado, 2 de julho de 2011

Painéis do Seminário.

Boa Noite, queridos leitores!
      Há um certo tempo não postamos com tanta regularidade neste blog, e por isso pedimos desculpas. Acho que falo por todos quando digo que o primeiro semestre foi (está sendo!) um pouco mais conturbado do que imaginamos que seria e, agora falando por mim, se adaptar ao modo de funcionamento da Universidade quando se está acostumado com o Ensino Médio leva tempo e necessita de muita organização.    Portanto, peço mais uma vez desculpas pela falta de regularidade.
      Durante esse mês, apesar de poucas postagens não ficamos ociosos, trabalhamos muito para apresentar um seminário de qualidade, e ficamos muito satisfeitos com o resultado! Coloco abaixo os painéis que fizemos para tais apresentações (clique nas imagens para expandi-las!)
Painel Caio

Painel Catarina

Painel Alexandre

Painel Yuri (gostaria só de ressaltar que a primeira imagem desse painel foi feita pelo próprio Yuri!)