O porquê da proibição se deve ao fato de esses emagrecedores, em especial a sibutramina, não são tão efetivos na perda de peso (ainda mais a longo prazo) e ainda aumentam significantemente o risco de doença cardiovascular. Esse risco, somado com a condição dos principais usuários, pessoas acima do peso, justificam o temor e até a proibição.
Mas, o que esses emagrecedores tem a ver com neurotransmissores? Isso se deve principalmente à ação deles. Vou focar principalmente na sibutramina, que era o principal alvo da proibição.
A sibutramina age no hipotálamo, onde estão o centro da fome e saciedade. Por ser um emagrecedor, espera-se que este fármaco tenha efeito inibidor sobre estes centros. Esse efeito ocorre porque ocorre a inibição da recaptadão de alguns neurotransmissores, em especial algumas monoaminas como a serotonina e a noradrenalina.
Esses neurotransmissores terão seus efeitos amplificados já que irão permanecer por mais tempo na fenda sináptica. A amplificação da serotonina provocará a sensação de saciedade que inibirá o apetite juntamente com a amplificação da noradrenalina. Um problema relacionado a noradrenalina é que este neurotransmissor atua também como vasoconstritor, o que provocará aumento da pressão, causador e agravante de doenças cardiovasculares.
Outra classe de emagrecedores são as anfetaminas, como femproporex, mazindol e dietilpropiona. Esses fármacos são especialmente perigosos pois agem na recaptação da dopamina e podem promover dependência nos usuários.

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