segunda-feira, 13 de junho de 2011


Olá para todos os leitores do blog! Esse post vai ser dedicado a responder uma dúvida do grupo de Corticóides que surgiu durante a apresentação do seminário a respeito do tema do blog. Espero que satisfaça a curiosidade de vocês sobre alguns aspectos relacionados à depressão.

Pergunta do grupo de Corticóides (Plínio Macedo, Nicolas Nogueira, Bruno Fonseca) para o grupo de Neurotransmissores


Como fatores externos que influenciam emocional, afetam bioquimicamente o funcionamento cerebral e desencadeiam doenças como a depressão? A genética influencia nesse processo?

Segundo diversos especialistas e segundo a matéria "Influências ambientais na saúde mental da criança", publicada no Jornal de Pediatria, "Os resultados negativos no desenvolvimento e comportamento são produzidos pela combinação de fatores de risco genéticos, biológicos, psicológicos, e ambientais, envolvendo interações complexas entre eles. Os fatores mais fortemente associados com a saúde mental da criança são o ambiente social e psicológico, influenciando mais do que as características intrínsecas do indivíduo. O efeito cumulativo de risco é mais importante na determinação de problemas emocionais da criança do que a presença de um estressor único, independente de sua magnitude." Dentre os problemas emocionais citados está incluída a depressão.
De acordo com a tese de inseparabilidade entre gene e ambiente, qualquer instância de comportamento decorre de efeitos genéticos e ambientais. O gene apresenta uma informação guardada que pode ser manifestada de maneiras diversas e de graus variáveis dentro do ambiente ao qual o individuo é exposto. Isso foi provado através do estudo de gêmeos monozigóticos e dizigóticos, onde os primeiros apresentaram depressão ao mesmo tempo entre 50 e 80% dos casos, enquanto os dizigóticos entre 15 e 25%. Portanto, a depressão é uma doença que pode ser determinada geneticamente e produzida bioquimicamente quando o indivíduo passa por algumas situações às quais não consegue se adaptar como traumas ou perdas.


Bioquimicamente, o que ocorre no cérebro é o mesmo processo de uma depressão comum, que não é, necessariamente, determinada geneticamente. Existem duas principais hipóteses a respeito:

- Hipótese das monoaminas- advém de uma hipoatividade , falta de liberação de monoaminas, principalmente serotonina e noradrenalina, na fenda pré-sináptica (inclusive foi a hipótese que auxiliou na criação de um dos remédios usados na depressão- os inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou ISRS)
- Hipótese do hipofuncionamento de receptores monoaminérgicos- o problema, neste caso, não é a falta de neurotransmissores disponíveis na fenda pré-sináptica, mas algum defeito que ocorre nos receptores, mais frequentemente, os noradrenérgicos (receptores de noradrenalina).

Referências bibliográficas:

Nenhum comentário:

Postar um comentário