terça-feira, 21 de junho de 2011

Saúde da presidente Dilma Rousseff

Hoje, abordarei um tema que é de interesse e importância nacional: a saúde da Presidente Dilma Rousseff. Esse post tem como objetivo relacionar alguns aspectos e problemas de saúde da presidente com o tema do blog (neurotransmissores) e é baseado em uma reportagem exclusiva feita pela Revista Época no dia 28 de maio.
Dentre os vários problemas de saúde que a Presidente tem enfrentado nos últimos tempos , um chamou atenção especial: seu baixo nível de potássio no organismo, problema que pode ser chamado de hipocalemia. Este pode ter diversas causas, como ingestão insuficiente do nutriente, perdas renais e gastrintestinais aumentadas ou alterações no transporte intercelular. Alguns dos outros fatores que alteram esses níveis e desviam o potássio para o meio intracelular podem ser infusão de glicose, insulina, mineralo ou glicocorticóides, que são substâncias envolvidas no tratamento da presidente.
Mas qual a relação do baixo nível de potássio com as cãibras que Dilma apresenta?
Sem potássio o funcionamento da bomba de sódio e potássio fica comprometido e esta é fundamental para a transmissão do impulso nervoso entre neurônios e nas junções neuromusculares (mantém o potencial de repouso ou a polarização da célula). O potássio é necessário na regulação e definição dos potenciais de membrana do neurônio e da capacidade de ação dos músculos esqueléticos (voluntários) e cardíaco.
Para visualizar melhor como ocorre o funcionamento dessa bomba dependente de ATP clique no link:


Durante o repouso, ocorre um transporte ativo de íons pela membrana do neurônio contra os seus respectivos gradientes de concentração através da mudança de conformação espacial de uma ATPase (proteína de membrana). Nesse transporte, três íons de sódio ligam-se ao canal proteico e uma molécula de ATP fornece energia para a mudança conformacional do canal que levará os íons de sódio para o meio extracelular. Nesse processo, um íon fosfato do ATP (que se torna ADP) permanece ligado ao canal. A nova conformação desse canal apresenta alta afinidade com íons potássio. Assim, dois destes serão ligados ao canal para liberação no meio intracelular e causarão outra mudança na conformação da proteína, retornando à conformação original, o que causa liberação do íon fosfato que estava na proteína. Ao voltar à conformação original, o ciclo da bomba recomeça.

Vale lembrar que é um mineral essencial, ou seja, tem que ser adquirido por fontes externas, pois não é produzido pelo organismo. Sua deficiência pode causar as cãibras, arritmia cardíaca, fraqueza, fadiga e dor abdominal. Sua reposição é feita por meio da alimentação rica em frutas e legumes, principalmente banana, tomate, batata com casca, ameixa, laranja, espinafre amêndoas e passas. É feita também, como no caso de Dilma, por meio de medicamentos- dentre eles o slow-k utilizado por ela- que repõe esse nutriente. Esse medicamento contém, dentre outras substâncias, cloreto de potássio, que será totalmente absorvido no trato gastrointestinal.


Referências bibliográficas:

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